Três ex-militares são acusados de estuprar duas adolescentes e ameaçá-las para não serem denunciados, no Paraná

  • 20/10/2025
(Foto: Reprodução)
Delegada detalha caso de ex-militares acusados de estuprar e ameaçar adolescentes no PR Três ex-militares se tornaram réus acusados de estuprar uma adolescente de 15 anos e outra de 17 em Castro, nos Campos Gerais do Paraná, e ameaçá-las para tentar evitar que elas os denunciassem pelo crime. As informações são do Ministério Público do Paraná (MP-PR), responsável por formalizar a denúncia que foi aceita pela Justiça. Segundo o órgão, o caso aconteceu na época em que os acusados serviam ao Exército Brasileiro. Além deles, um quarto homem, que não tem relação com o serviço militar, também foi denunciado por participar dos delitos. Como as vítimas têm menos de 18 anos e os crimes são sexuais, o processo tramita em sigilo e os nomes dos envolvidos não foram revelados. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PR no WhatsApp Vítima recebeu foto dos acusados armados como forma de ameaça, entre outras situações, diz MP Reprodução O MP-PR explica que formalizou a denúncia à Justiça em outubro de 2025 porque as investigações foram concluídas pela Polícia Civil neste mês, mas que os crimes aconteceram, de fato, no primeiro semestre de 2024. A delegada Renata Batista afirma que, na época, os homens tinham entre 18 e 20 anos de idade e forneceram bebidas alcoólicas às adolescentes. "Quando as vítimas estavam embriagadas e sem condições de esboçar reação, um dos então militares teria praticado atos libidinosos diversos da conjunção carnal com as duas vítimas. Uma das vítimas também teria sido estuprada por outro então militar", complementa o MP-PR. Saiba mais abaixo. Os homens foram denunciados pelos crimes de fornecimento de bebidas alcoólicas, estupro de vulnerável, perseguição e ameaça. O g1 tenta identificar as defesas deles. Em nota, o 5º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado - batalhão do Exército onde os acusados serviam - destacou que não foi notificado sobre o caso porque os denunciados não atuam mais na organização militar. Leia também: Tragédia: Paciente que viajava para atendimento médico e motorista de outro carro morrem em acidente em rodovia do PR Entenda: Prefeitura é multada por cometer crimes ambientais com máquinas públicas em propriedade particular Fim das chuvas? Paraná amanhece com sol e termômetros a cerca de 5ºC; veja previsão do tempo Estupro e ameaças De acordo com o Ministério Público, os crimes aconteceram entre a noite do dia 2 março e a madrugada de 3 de março de 2024, em uma casa do Bairro Bela Vista e em uma festa na região conhecida como Tronco. A denúncia aponta que primeiro os acusados ofereceram bebidas alcoólicas às adolescentes e, depois, abusaram das vítimas. "A denúncia relata ainda que, após o início das investigações, entre os meses de maio e junho, uma das vítimas passou a sofrer perseguição dos três então militares, que pretendiam intimidá-la e retaliá-la. Ela também foi vítima de ameaça, com o envio da imagem de um revólver, por mensagem de celular, transmitida pelo quarto acusado (civil). Devido a essas ocorrências, o MP-PR requereu e uma das vítimas obteve medidas protetivas de urgência, deferidas na forma da Lei 14.344/22 (Lei Henry Borel)", explica o órgão. Ainda conforme o MP-PR, as investigações foram concluídas pela Polícia Civil no dia 6 de outubro de 2025 e a denúncia foi formalizada à Justiça no dia 14. O g1 questionou a Polícia Civil sobre o tempo levado para a conclusão do inquérito e perguntou à corporação e ao MP-PR sobre porque os acusados não chegaram a ser presos. A PC-PR não retornou até a última atualização desta reportagem. Já o MP destacou que "a notícia-crime (boletim de ocorrência) chegou até a Polícia Civil em 5 de março de 2024, sendo que o inquérito policial foi instaurado mais de dois meses depois, em 28 de maio de 2024, sendo remetido ao Ministério Público, por meio da 1ª Promotoria de Justiça, em 18 de junho de 2024, portanto, mais de três meses após a notícia do fato criminoso. Durante esses três meses, a Polícia Civil não realizou nenhuma representação pela prisão preventiva dos então investigados; ainda, a investigação só foi concluída pela Polícia Civil em 6 de outubro de 2025, quando, então, o Ministério Público teve acesso a todos os elementos de prova." A nota do MP diz ainda que outro fator que contribuiu para que os acusados não tivessem a prisão preventiva decretada foi o fato de, após receber notificação do Conselho Tutelar, a 2ª Promotoria de Justiça, ter requerido a aplicação de medidas protetivas de urgência. Segundo o MP, esse pedido, foi feito em 31 de julho de 2024 e deferido pela Justiça, "o que garantiu a integridade física, psíquica das vítimas impedindo, ainda, a reiteração criminosa", conclui a nota. Saiba como denunciar crimes no Paraná Vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias em g1 Paraná

FONTE: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2025/10/20/ex-militares-acusados-estupro-ameaca-adolescentes-parana.ghtml


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