Padre preso por estupro dopou jovem e teve denúncias abafadas por superiores na Igreja, diz delegada

  • 25/08/2025
(Foto: Reprodução)
Polícia prende padre investigado por abuso sexual A Polícia Civil (PC-PR) já identificou seis vítimas de estupro de vulnerável cometido pelo padre de Cascavel, no oeste do Paraná, que foi preso temporariamente no domingo (24). Em um dos casos, ele é suspeito de ter dopado um jovem de 19 anos e abusado sexualmente dele enquanto oferecia tratamento contra o vício em drogas. Segundo a polícia, todas as vítimas são do sexo masculino e o número pode ser maior. A delegada responsável pelo caso, Thaís Zanatta, afirma que a investigação aponta ainda que denúncias anteriores, incluindo casos envolvendo crianças e outro seminarista, foram abafadas por superiores na Igreja, permitindo que o suspeito continuasse atuando como padre por anos. Saiba mais abaixo. O nome do padre não foi divulgado. O advogado de defesa, Alessandro Rosseto, disse que tenta revogar a prisão e vai provar a inocência do padre. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Foz do Iguaçu no WhatsApp Segundo a polícia, a investigação apontou que o padre abusou sexualmente de jovem de 19 anos, que estava sob efeito de medicamentos. “Quando o jovem pede ajuda, o padre diz que ele terá que pernoitar na casa, porque iria receber um remédio. Esse jovem foi dopado e na terceira noite foi estuprado”, diz a delegada. Conforme a delegada, até o momento, o abuso sexual mais recente cometido pelo padre aconteceu há duas semana atrás dentro da clínica em que oferecia "terapias complementares", com uma vítima de 20 anos. O padre está preso temporariamente na Cadeia Pública de Cascavel e, posteriormente, será encaminhado ao sistema penitenciário. Relembre: Padre é preso por ser suspeito de abusar sexualmente de adolescentes religiosos e em situação de vulnerabilidade, no Paraná O arcebispo de Cascavel, Dom José Mário Scalon Angonese, disse em comunicado à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, que o padre foi suspenso assim que a denúncia chegou oficialmente à diocese, no dia 14 de agosto. “Um processo de investigação já está em andamento. Temos um prazo de 90 dias na diocese e depois encaminhamos para a Congregação da Doutrina da Fé, no Vaticano. Se confirmado que houve pedofilia, a decisão de Roma tem sido clara: a demissão do estado clerical. Ele deixará de ser padre”, afirmou. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também foi contactada, mas não se manifestou até a última atualização desta reportagem. Ao g1, o advogado do padre enviou uma nota dizendo que ele atua há 12 anos como sacerdote e "desenvolve com retidão, às questões dos menos favorecidos, moradores de rua, dependentes químicos, vulneráveis, mas sempre com a questão do auxílio ao próximo". Padre foi preso na manhã deste domingo (24), em Cascavel. Polícia Civil (PC-PR) Leia também: Entenda: Sob ameaças de pai e madrasta, adolescentes do PR eram forçadas a produzir até 20 conteúdos sexuais por dia Veja previsão do tempo: Paraná volta a ficar gelado após registrar 37,6ºC no fim de semana, diz Simepar 'Amarrados, com magreza extrema e doenças graves': Polícia flagra 11 cachorros e filhotes em situação de maus-tratos no Paraná Vítimas e investigações O primeiro registro contra o padre relatando abusos, segundo a delegada foi em 2010, quando ele ainda era seminarista. “Esse abuso se deu contra outro seminarista, apesar da vítima ser maior de idade, ele estava em estado de sonolência, sendo considerado vulnerável”, conta a delegada Zanatta. Outro caso foi registrado entre 2013 e 2014, quando um menino de 13 anos, que atuava como acólito (auxiliar de missas), sofreu abusos. Relatos colhidos pela polícia indicam que o padre realizava festas com bebidas alcoólicas, presenteava crianças e adolescentes e pedia que dormissem em sua casa. “Há indícios de que algumas dessas crianças dormiam no quarto do padre, inclusive na cama dele”, afirmou a delegada. Violência e abuso sexual infantil: veja os sinais e saiba como proteger as crianças Polícia diz que superiores tinham conhecimento dos abusos Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que a Igreja Católica foi informada de parte dos abusos, mas não levou os casos às autoridades. RPC Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que os superiores do padre na Igreja Católica foram informados sobre abusos, mas não levaram os casos às autoridades policiais. “Esse caso foi levado na época para o arcebispo de Cascavel, porém nada foi feito, o arcebispo fez os dois seminaristas assinarem um acordo de que o fato não seria levado para as autoridades”, disse Zanatta. Ainda segundo a delegada, em 2021, quando outro arcebispo assumiu a diocese, novas denúncias foram encaminhadas, mas também não chegaram ao conhecimento da polícia. "O caso também tinha sido levado para a igreja católica em 2021, para o arcebispo que assumiu naquele ano, porém ele também fez pouco caso, não trouxe ao conhecimento das autoridades." Segundo o arcebispo de Cascavel, dom José Mário Scalon Angonese, nomeado em 2 de maio de 2024, desde que assumiu trabalhou um código de conduta com os presbíteros. "Esse tipo de acusação feita a esse nosso irmão padre, a igreja não aceita e não aprova. Há um desejo nosso de que a justiça, de fato, seja feita", afirma o arcebispo. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias em g1 Oeste e Sudoeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2025/08/25/padre-preso-por-estupro-delegada.ghtml


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