Instituição forma cidadãos ativos com práticas sustentáveis de impacto socioambiental
17/09/2025
(Foto: Reprodução) Em um cenário global marcado por mudanças climáticas, degradação ambiental e desafios sociais cada vez mais complexos, as instituições de ensino superior assumem um papel essencial na construção de soluções que conciliam desenvolvimento e preservação. Mais do que espaços de aprendizado acadêmico, universidades e centros universitários tornaram-se verdadeiros laboratórios de transformação, formando profissionais capazes de aliar conhecimento técnico a uma visão crítica e responsável do mundo.
A educação para a sustentabilidade vai além de disciplinas ou eventos pontuais: trata-se de criar experiências práticas que conectem alunos, professores e comunidades à realidade dos problemas socioambientais e os inspirem a desenvolver alternativas concretas. Ao unir conhecimento científico, inovação e engajamento social, as universidades constroem pontes entre o saber acadêmico e a vida cotidiana, mostrando que cada ação pode gerar impacto positivo e duradouro.
Um exemplo desse compromisso está em projetos que unem solidariedade, reciclagem e educação ambiental. Iniciativas como oficinas de reaproveitamento de materiais, campanhas de conscientização sobre consumo responsável e programas voltados para mobilidade sustentável têm o poder de mudar comportamentos e fortalecer vínculos comunitários. A ideia é simples, mas poderosa: demonstrar, na prática, que resíduos podem se transformar em recursos, que pequenas mudanças no dia a dia ajudam a reduzir impactos ambientais e que a responsabilidade socioambiental é uma tarefa coletiva.
Para Izabeth Silveira, coordenadora de Responsabilidade Social do Centro Universitário Cidade Verde (UniCV), o propósito de envolver a comunidade acadêmica em ações ambientais está ligado a uma missão maior: formar cidadãos com consciência crítica e senso de pertencimento.
“Acreditamos que educar para a sustentabilidade é educar para a vida. Cada projeto, cada campanha, cada mobilização é uma oportunidade de mostrar aos alunos que eles podem ser protagonistas de mudanças reais, capazes de transformar não apenas o meio ambiente, mas também as relações humanas e sociais”, afirma.
Entre as ações desenvolvidas, destacam-se aquelas que unem reaproveitamento de materiais e apoio a causas sociais, como as campanhas que recolhem bijuterias, roupas e outros itens descartados e os transformam em produtos com nova utilidade, gerando renda para entidades assistenciais e fortalecendo redes de solidariedade. Esse tipo de iniciativa revela como práticas de reciclagem e reutilização podem ir além da preservação ambiental e alcançar aspectos humanos, como autoestima, dignidade e inclusão social.
Outro eixo importante está nas campanhas voltadas à mobilidade e ao consumo consciente. Incentivar a troca do carro pela bicicleta, compartilhar caronas, reduzir o uso de plásticos e adotar hábitos de economia de água e energia são ações simples, mas que, quando incorporadas ao cotidiano universitário, ajudam a criar uma cultura coletiva de respeito ao meio ambiente. Essas práticas reforçam a ideia de que a sustentabilidade não se constrói apenas com grandes tecnologias ou políticas públicas, mas com atitudes consistentes e colaborativas.
O reitor da instituição, José Carlos Barbieri, resume essa visão ao destacar que a educação de qualidade está diretamente ligada à responsabilidade socioambiental. “Formar profissionais competentes é fundamental, mas formar cidadãos conscientes é o que garante o futuro. Quando a universidade assume para si a tarefa de educar para a sustentabilidade, ela multiplica o alcance das suas ações, porque cada aluno leva esse aprendizado para sua vida, sua carreira e sua comunidade.”
Essa perspectiva amplia o papel das instituições de ensino superior, que deixam de ser apenas centros de produção de conhecimento para se tornarem agentes ativos de transformação social e ambiental. Ao integrar ensino, pesquisa e extensão com práticas sustentáveis, elas mostram que é possível unir inovação e compromisso ético, preparando as novas gerações para enfrentar os desafios do século XXI com responsabilidade, criatividade e solidariedade.
Mais do que reduzir impactos ambientais, as universidades ajudam a formar uma consciência coletiva de que desenvolvimento e sustentabilidade precisam caminhar juntos. Cada oficina, campanha ou projeto realizado reforça a noção de que cuidar do planeta e das pessoas não é uma opção, mas um dever compartilhado. E é nesse ponto que a educação encontra sua missão mais nobre: inspirar mudanças que ultrapassam os muros acadêmicos e se refletem na sociedade como um todo.