Hipertensão é responsável por 10 milhões de mortes por ano

  • 28/07/2025
(Foto: Reprodução)
Conhecida como uma enfermidade silenciosa, a hipertensão está entre as principais causas de problemas cardiovasculares e complicações graves. Isso porque, na maioria dos casos, o paciente não apresenta sintomas — e é justamente aí que mora o perigo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição é responsável por mais de 10 milhões de mortes por ano em todo o mundo. No Brasil, o cenário é ainda mais alarmante: cerca de 30% da população brasileira convive com a doença, como especifica o Ministério da Saúde. A cardiologista dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Larissa Rengel, alerta que mesmo sem sintomas aparentes, a elevação persistente da pressão pode causar danos significativos ao organismo. “Muitas pessoas não acreditam que estão doentes porque não sentem nada. Mas é importante entender que os sinais só surgem quando o problema já provocou consequências no corpo, o que reforça a relevância da conscientização sobre o diagnóstico precoce”. Fatores de risco A pressão alta possui alguns fatores de risco, sendo o envelhecimento um dos principais. “A hipertensão está diretamente ligada ao avanço da idade. Com o aumento da expectativa de vida da população, é natural que haja mais pessoas idosas e, consequentemente, um crescimento nos casos”, explica a médica. Além da idade, o estilo de vida também exerce papel decisivo no desenvolvimento do problema. Dietas com alto teor de sódio, baixo consumo de frutas e verduras, sedentarismo e excesso de peso contribuem para o descontrole dos níveis da pressão arterial. Hipertensão, apesar de mais comum na velhice, é diagnosticada em outras fases da vida. Pexels Os distúrbios de pressão também têm forte componente hereditário, ou seja, pessoas com histórico familiar da doença devem redobrar a atenção. A obesidade, por exemplo, está fortemente ligada à elevação da tensão arterial. “Não é incomum que pacientes que usavam três ou quatro medicamentos para o controle da hipertensão deixem de precisar das medicações após perderem 30 ou 40 quilos com a cirurgia bariátrica”, relata Larissa. Outros fatores, como diabetes, colesterol elevado e tabagismo, frequentemente estão associados ao quadro hipertensivo. “Um paciente com pressão desregulada, diabetes e colesterol alto apresenta um risco muito elevado de sofrer um infarto ou desenvolver insuficiência cardíaca”, destaca a especialista. Complicações ocultas Embora infarto e AVC sejam as consequências mais conhecidas de pacientes hipertensos, essas não são as únicas complicações. “No Brasil, a disfunção é a principal causa de perda da função renal, levando muitos pacientes à diálise. Também pode afetar a visão, provocando perda parcial ou total da capacidade de enxergar”, observa Larissa. Diante desse cenário, um diagnóstico preciso é essencial. “Se alguém passou por uma situação de estresse e apresentou pressão de 15 por 9, isso não significa, necessariamente, que seja hipertenso. São necessárias medições repetidas, em momentos de tranquilidade, e, em alguns casos, exames específicos para confirmar o quadro com segurança”, enfatiza. Controle da doença A Sociedade Brasileira de Hipertensão destaca que cerca de 70% dos diagnosticados não conseguem manter os níveis dentro dos limites recomendados. Os principais motivos são a baixa adesão ao tratamento e a dificuldade em modificar hábitos. Mas isso tem solução, como reforça Larissa. “Tomar o remédio é apenas uma parte do processo. É fundamental perder peso, adotar uma alimentação equilibrada, reduzir o consumo de sal e praticar atividade física com regularidade. E muita gente ainda não leva isso a sério”. Outro erro comum é interromper o uso da medicação por conta própria. “Muitas pessoas pensam: ‘Se eu não estou sentindo nada, posso parar por um ou dois dias’. Mas essa interrupção prejudica o tratamento e aumenta o risco de complicações futuras”, complementa Larissa. Prevenção Prevenir a hipertensão ainda é uma estratégia que funciona. Para isso, é fundamental seguir algumas dicas, como: Manter uma alimentação saudável; Praticar exercícios regularmente; Realizar check-ups periódicos. Esse checklist precisa ser incorporado desde a infância e mantido ao longo da vida. “Vale a pena dedicar alguns minutos do dia para tomar o remédio, cuidar da alimentação e se exercitar. Pode parecer simples, mas são hábitos que podem representar 20 ou 30 anos a mais com saúde e qualidade de vida”, finaliza a cardiologista. Jarbas da Silva Motta Junior Diretor Técnico CRM PR 26.227 - RQE 19.368 Hospital São Marcelino Champagnat CRM - PR 5522

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/hospital-marcelino-champagnat-saude-em-foco/noticia/2025/07/28/hipertensao-e-responsavel-por-10-milhoes-de-mortes-por-ano.ghtml


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