Empresário do Paraná é investigado por aplicar golpes ao vender usinas de energia solar e fazer financiamentos em nome de clientes que somam mais de R$ 13 milhões

  • 09/09/2025
(Foto: Reprodução)
Polícia prende homem durante operação contra estelionato e lavagem de dinheiro Um proprietário de uma empresa de energia sustentável, em Umuarama , no noroeste do Paraná, está sendo investigado pela Polícia Civil (PC-PR) por ser suspeito de aplicar golpes milionários em clientes. Na investigação estão sendo apurados os crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. Segundo o delegado Gabriel Menezes, foi apurado durante a investigação que o empresário, identificado como Lauro Bianchin, de 45 anos, vendia usinas de energia solar e fazia financiamentos em nome dos clientes. Até o momento, os golpes foram registrados em Paranavaí, Maria Helena, Assis Chateaubriand e Marechal Cândido Rondon, e somam um prejuízo de R$ 13.531.273,00. Entenda mais abaixo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Londrina no WhatsApp Nesta terça-feira (9), a Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca de apreensão na casa do empresário e na sede da empresa, que fica no Parque Residencial da Gávea. Durante as buscas, os policiais apreenderam documentos e o celular do empresário. Segundo o delegado, o aparelho vai passar por análise. Os agentes também encontraram duas pistolas e quatro munições no endereço do empresário. Ele tinha autorização para portar as armas, mas não em relação às munições. Por isso, ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de munições e levado para a delegacia. Em seguida, ele pagou fiança de R$ 2 mil e foi liberado. Em nota ao g1, o advogado Emanuel Braga Claudiano, que atua na defesa de Lauro, disse que a situação não passa de uma "singela divergência de natureza estritamente comercial" e que o empresário é inocente. Veja abaixo a nota na íntegra: "A defesa de Lauro Bianchin vem a público para esclarecer e desmentir veementemente as informações divulgadas em matérias jornalísticas na data de ontem, as quais procuram atribuir-lhe envolvimento em supostos atos ilícitos. O Sr. Lauro esclarece que as reportagens contêm inúmeras lacunas, inverdades e distorções a respeito dos fatos, sobre os quais sequer foi ouvido, impedida, assim, a elucidação do que realmente ocorrera. Crive-se apenas, e neste momento, que a situação em questão não passa de singela divergência de natureza estritamente comercial, que está sendo devidamente tratada nas esferas apropriadas. Não houve, em nenhum momento, a prática de qualquer ato ilícito ou crime, de qualquer natureza. Reforçamos que o Sr. Lauro é inocente e, desde o primeiro instante, se colocou à disposição para colaborar com as autoridades competentes para que a verdade seja restabelecida, na medida em que nada, absolutamente nada, tem a omitir. Confia plenamente nos órgãos da Polícia e da Justiça, os quais certamente terão a sensibilidade técnica de, a seu tempo, reconhecer sua inocência e provar que as suspeitas são despidas de fundamentação. Qualquer outra informação adicional sobre o caso será divulgada oportunamente por sua assessoria jurídica", informou a nota. Leia também: Pedreiro some após sair para comprar imóvel: Polícia suspeita que ele foi morto após descobrir golpe Homem encontrado morto após sair de casa de pijama, no Paraná: O que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso Entenda: Como vai funcionar bonde elétrico na Região Metropolitana de Curitiba? Documentos, um celular, pistolas e munições foram apreendidas nos endereços do empresário. Polícia Civil (PC-PR) Como os golpes aconteciam Segundo o delegado, o caso começou a ser investigado no dia 5 de maio deste ano, quando um boletim de ocorrência foi registrado por um homem de 62 anos, que é morador de Maria Helena, no noroeste do Paraná. No registro, a vítima declarou que assinou contrato de compra de duas usinas de energia solar e um contrato de arrendamento das usinas e da energia gerada. Ele contou que, na época, quem lhe apresentou o modelo de negócio pessoalmente, foi o empresário de Umuarama. O homem ainda prometeu à vítima que a energia gerada pelas usinas iria render mensalmente R$ 8 mil, durante 8 anos. Contudo, para a instalação das usinas, era preciso fazer um financiamento, cujas parcelas seriam custeadas pela própria empresa contratada pela vítima. O delegado explicou que a vítima foi orientada pelo investigado a assinar uma proposta de compra das usinas e uma autorização para verificação de crédito. Entretanto, após alguns dias, a vítima recebeu a informação de que havia sido feito um contrato de empréstimo de crédito rural em nome dela. Segundo o delegado, o contrato foi feito junto à Caixa Econômica Federal de Paranavaí, no valor de R$ 1.200.000,00. A vítima disse no boletim de ocorrência que não foi informada a respeito da contratação do crédito e que não houve a instalação das usinas prometidas e nem as parcelas foram quitadas pelo empresário. O problema fez com o que o nome dela fosse negativado e existe o risco de que ela perca o patrimônio para pagamento da dívida. Em nota ao g1, a Caixa Econômica Federal disse que está auxiliando as autoridades. Veja abaixo a nota na íntegra: "A CAIXA informa que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que envolvem a instituição. Tais informações são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente às autoridades competentes, para análise e investigação. O banco aperfeiçoa continuamente os critérios de segurança em movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias diante dos modus operandi identificados. Adicionalmente, a CAIXA ressalta que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias como objetivo de identificar e investigar casos suspeitos. A instituição também esclarece que possui estratégias, políticas e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes, contando com tecnologias e equipes especializadas para garantir a segurança de seus processos e canais de atendimento", informou a nota. Investigação apurou que casos semelhantes foram registrados em várias cidades do Paraná O delegado afirma que durante a investigação foram descobertos diversos registros de boletins de ocorrência em várias cidades do Paraná contra o mesmo empresário e com a mesma narrativa do golpe. Menezes informou que até o momento foram registrados os seguintes casos: Paranavaí: R$ 2.760.000,00; Paranavaí: R$ 2.240.000,00; Assis Chateaubriand: R$ 1.159.705,00; Assis Chateaubriand: R$ 4.071.568,00; Marechal Cândido do Rondon: R$ 2.100.000,00. "Apesar de o golpe ter sido praticado em diversos municípios, todos os financiamentos foram realizados junto a Caixa Econômica Federal do município de Paranavaí. As operações bancárias são realizadas diretamente pelo investigado, com transferência dos valores para sua empresa, sem que as usinas sejam instaladas ou haja pagamento dos valores financiados", explicou o delegado. Menezes contou que a delegacia de Umuarama recebeu um documento da Polícia Federal de Maringá, contendo denúncias contra o empresário sobre o mesmo tipo de golpe. A denúncia apontou que cerca de 80 produtores rurais das regiões de Umuarama, Palotina, Assis Chateaubriand, Paranavaí, Amaporã dizem ter realizado o mesmo tipo de contratação com a empresa e receberam o serviço prometido. O delegado orienta que pessoas que se identifiquem como vítimas do golpe e que tiveram prejuízos semelhantes, procurem a unidade policial mais próxima para registro de ocorrência. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil (PC-PR). VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/09/09/empresario-do-parana-e-investigado-estelionato-lavagem-dinheiro.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Anunciantes