Vereadores aprovam acúmulo de salário para secretários de Londrina; veja como cada um votou
10/07/2025
(Foto: Reprodução) Projeto de lei foi proposto pelo prefeito Tiago Amaral (PSD). Vereadores aprovaram nos dois turnos de votação e projeto segue para sanção. Projeto de lei que autoriza acúmulo de salário de secretários teve 14 votos favoráveis.
Câmara Municipal de Londrina
Os vereadores de Londrina, no norte do Paraná, aprovaram, em dois turnos de votação, o projeto de lei que permite acúmulo de salário para secretários municipais.
Dos 17 vereadores presentes na sessão extraordinária - quando não está no calendário - desta quarta-feira (9), 14 votaram a favor, dois contra e um não foi registrado. Confira abaixo os detalhes.
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No segundo turno, nesta quinta-feira (10), em sessão ordinária com 16 presenças, a mesma quantidade de votos se repetiu.
Agora, o texto segue para sanção do prefeito.
O projeto de lei foi proposto pelo prefeito Tiago Amaral (PSD), depois que o Ministério Público (MP-PR) recomendou suspender a soma de vencimentos para dois secretários que também possuem cargos públicos em órgãos do estado: Vivian Feijó, secretária municipal de Saúde, e Leonardo Bueno Carneiro, secretário municipal de Gestão Pública e Recursos Humanos.
Leonardo Carneiro e Vivian Feijó, secretários de Saúde e Gestão Pública e RH.
Vivian Honorato/NCom
A recomendação do MP-PR foi publicada no dia 12 de junho, e a suspensão por parte do Executivo aconteceu no dia seguinte. O novo projeto de lei que regulariza o acúmulo foi protocolado nesta terça-feira (8).
A proposta dele é permitir o salário do cargo efetivo e um adicional de até 90% do valor do subsídio do cargo comissionado. Este acréscimo deve respeitar o teto constitucional do cargo de origem.
Na justificativa, consta que o pagamento somado irá "reconhecer a importância do trabalho do servidor municipal por meio de uma remuneração mais atrativa".
Duas emendas foram acrescentadas para a aprovação. A primeira limita o valor à remuneração do cargo anteriormente ocupado pelo profissional. A segunda prevê que a lei entrará em vigor na data da publicação.
Veja a posição de cada vereador nos dois turnos:
Antônio Amaral (PSD): a favor
Anne Ada (PL): a favor
Chavão (Republicanos): a favor
Deivid Wisley (Republicanos): a favor
Emanoel (Republicanos): a favor
Giovani Mattos (PSD): a favor
Jessicão (PP): em licença maternidade
Marcelo Oguido (PL): a favor
Marinho (PL): a favor
Matheus Thum (PP): a favor
Mestre Madureira (PP): a favor
Michele Thomazinho (PL): em licença maternidade
Paula Vicente (PT): contra
Professora Flávia Cabral (PP): a favor
Régis Choucino (PP): a favor
Roberto Fú (PL): contra
Santão (PL): não registrou voto no primeiro turno e estava em licença no segundo
Sídnei Matias (Avante): a favor
Valdir Santa Fé (PP): a favor
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Vivian Feijó, secretária municipal de Saúde, e Leonardo Bueno Carneiro, secretário municipal de Gestão Pública e Recursos Humanos, estavam acumulando uma porcentagem do salário no município – de R$ 21,9 mil – ao vencimento integral do estado.
O pagamento estava sendo feito com base na Lei Estadual nº 6.174/70, que regulariza a soma de salário do cargo efetivo com a nova função designada. Entretanto, o MP-PR destacou que a legislação não se aplica a servidores municipais.
Veja a remuneração total dos dois secretários no mês de abril, antes da suspensão, conforme os portais da transparência do Estado do Paraná e da Prefeitura de Londrina:
VIVIAN FEIJÓ
Recebendo 90% do salário de secretária de Saúde, teve vencimento de R$ 19.710. Com descontos, R$ 9.894,28.
Como agente universitário profissional, teve remuneração bruta de R$ 21.565,81. Com descontos, R$ 14.342,29.
Recebimento total: R$ 41.275,81, sendo R$ 24.236,57 com descontos.
LEONARDO BUENO CARNEIRO
Recebendo 70% do salário de secretário de Gestão Pública e RH, teve vencimento de R$ 15.330. Com descontos, R$ 8.648,78.
Como delegado de polícia, teve remuneração bruta de R$ 31.366,24. Com descontos, R$ 20.452,85.
Recebimento total: R$ 46.696,24, sendo R$ 29.101,63 com descontos.
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